Legalização do Aborto - notícias

Bispo de Viseu votaria "Sim"

InesBranco — Fri, 26 Jan 2007 12:07:26 -0800

Se estivesse apenas em causa a despenalização das mulheres, o bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, votaria "sim" no referendo ao aborto.

"Sem contradição nenhuma votaria 'sim'", disse o bispo num debate sobre o aborto que decorreu ontem na Escola Superior de Educação de Viseu.

Como em causa no referendo está também a liberalização até às dez semanas, D. Ilídio Leandro afirmou que vai votar "não" no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro.

Em declarações difundidas pela Rádio Noar, de Viseu, D. Ilídio Leandro considerou que "ninguém vai para o aborto por vontade própria ou por leviandade" e que a mulher "é uma vítima da sociedade e não alguém que promove a prática do aborto".

D. Ilídio Leandro reconheceu ainda que a Igreja Católica nem sempre tem assumido uma posição coerente sobre o aborto e prometeu que no dia a seguir ao referendo vai contribuir para tentar resolver o problema.

"Sobre a coerência que considero que a Igreja também deve ter — e posso dizer que não tem feito sempre tudo — no dia 12 de Fevereiro, seja qual for a resposta do referendo, a Diocese de Viseu vai anunciar algo que procura apresentar também como coerente para a ajuda aos casos e às situações que eu considero também que são, muitos deles, atentatórios da dignidade humana, seja de crianças, seja de adultos", concluiu.

A Igreja Católica é frontalmente contra a liberalização do aborto, que vai ser sujeita a referendo nacional a 11 de Fevereiro, através da seguinte questão: "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?".

26/01/2007 (fonte: jornal "Público")

Acções pelo "Sim"

InesBranco — Thu, 25 Jan 2007 15:34:03 -0800

ARTISTAS PELO SIM

DISTRIBUIÇÃO DE PANFLETOS E MATERIAIS DE CAMPANHA DO MOV. JOVENS PELO SIM

CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO DE RUA

SÁBADO, 27/1, 17H30, CHIADO – JUNTO À BRASILEIRA, LISBOA

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JANTAR DE CAMPANHA JOVENS PELO SIM/ARTISTAS PELO SIM

SÁBADO, 27/1, 21H30, VOZ DO OPERÁRIO, LISBOA

Serão apresentados dois filmes/sketches elaborados por um conjunto de realizador@s e actores/actrizes com um apelo ao SIM, bem como uma performance de teatro.

COM A PRESENÇA DE VÁRIOS ACTORES E ACTRIZES: CARLA BOLITO, CLEIA ALMEIDA, DANIELA COSTA E SILVA, INÊS CASTEL-BRANCO, JOANA MOURA, JOANA SEIXAS, MIGUEL MELO, SARA GONÇALVES, SANDRA CELAS, ENTRE OUTROS.

ESTARÃO IGUALMENTE PRESENTES VÁRIOS MANDATÁRIOS DO MOVIMENTO JOVENS PELO SIM.

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Sexta-Feira, 26/1, 18h, Livraria Bulhosa – Entre-Campos

Lançamento do Livro de Andreia Peniche "Elas Somos Nós" - Apresentação de Fernanda Henriques e Duarte Vilar

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Sexta-Feira, 26/1, 21h30, Mafra – Ericeira, Auditório Municipal Beatriz Costa em Mafra

Debate promovido pela JSD Mafra

Oradores Pelo SIM:

Paula Teixeira da Cruz

Pedro Nuno Santos (Movimento "Jovens Pelo Sim")

Luís Moita (Mandatário do Movimento "Responsabilidade e cidadania pela SIM")

Oradores Pelo NÃO:

João César das Neves

Isilda Pegado (Mandatária do Movimento "Não Obrigada")

Cátia Sá Guerreiro (Mandatária do Movimento "Mulheres em acção")

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Sexta-Feira, 26/1, 21h, Viana do Castelo

Debate promovido pelo MIC

Ana Aroso (ginecologista, Médicos pela Escolha)

Pedro Alves (Jovens Pelo Sim)

Fátima Pimenta (Voto Sim)

25/01/2007

Porquê dez semanas?

InesBranco — Thu, 25 Jan 2007 15:26:59 -0800

A "Plataforma Não Obrigada" quer saber por que razão o período considerado na pergunta do referendo é de dez semanas.

A questão "Queremos saber o porquê das dez semanas" foi feita, por escrito, ao Primeiro-Ministro e aos grupos parlamentares.

Para fazer uma representação do que é um feto com dez semanas, foi apresentado um boneco de plástico, em posição fetal, com os membros já desenvolvidos, com a boca e olhos já formados e com a mão a tocar uma das faces.

Miguel Correia, responsável pelo departamento de embriologia da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, assegurou que o modelo não retrata a realidade. "É a imagem pictórica de um feto no terceiro trimestre de gravidez (que começa a partir dos seis meses)."

Embora o tamanho corresponda ao real, o desenvolvimento é muito diferente. O especialista explicou que a posição fetal das pernas não corresponde à realidade, pois às dez semanas as pernas estão em posição lateral e ainda não é possível dobrá-las. A expressão também não é verdadeira, pois as feições não são tão perfeitas como a representada pelo boneco.

O médico João Paulo Malta, da "Plataforma Não Obrigada" contrapôs e disse que às dez semanas já existe postura corporal e flexão dos membros. O defensor do "Não" sustentou as suas afirmações num livro da autora Marjorie England, A Colour Atlas of Life Before Birthday, segundo o próprio, "o melhor livro de embriologia do mundo".

Este mesmo boneco foi também utilizado na campanha de 1998. "Uma das conferencistas achou piada e decidiu distribuí-lo", explicou Inês Teotónio Pereira, assessora de imprensa da "Plataforma Não Obrigada".

Para além deste boneco, na campanha anterior foram também distribuídos panfletos onde se podia ler "Não Mates o Zezinho". Associado a este "slogan" podiam ver-se imagens de um bebé a ser aspirado ou talhado por um bisturi. A assessora garantiu que tais acções não serão utilizadas nesta campanha.

25/01/2007, fonte: jornal "Público".

Ricardo Araújo Pereira junta-se à campanha pelo “Sim”

InesBranco — Wed, 24 Jan 2007 14:48:41 -0800

Ricardo Araújo Pereira, dos Gatos Fedorentos, juntou-se ontem ao “Movimento Jovens Pelo Sim”.

Em conferência de imprensa no Espaço Jovens pelo Sim, Ricardo defendeu que a diferença entre os apoiantes do “Sim” e os defensores do “Não é que os primeiros permitem a escolha e não obrigam ninguém a fazer um aborto, enquanto os segundos impedem as pessoas de tomarem essa opção livremente.

O actor, que se encontra no ranking dos 100 grandes portugueses, utilizou desta vez a sua inteligência, não para fazer humor, mas para falar com a seriedade que o assunto exige e afirmou que “uma mulher que decide fazer um aborto não é uma criminosa, por isso, deve poder fazê-lo nos mesmo sítios onde as outras intervenções médicas são feitas”.

Ricardo defendeu que “é preciso esclarecer as pessoas e levá-las a tomar uma opção que seja consciente e responsável” e criticou o que considerou “panfletos extremistas daqueles que condenam à excomunhão ou à perdição eterna as mulheres que recorrem ao aborto e aqueles que defendem que o possam fazer legalmente”.

Quando questionado sobre se é necessário convencer os jovens a votar no referendo, Ricardo respondeu que não seria capaz de fazer um retrato dos jovens do país, mas que “esta é uma questão importante, que toca a toda a gente e toda a gente deve votar”.

24/01/2007

Acção de Sensibilização e Informação sobre o Referendo

InesBranco — Tue, 23 Jan 2007 11:41:13 -0800

O Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo SIM irá organizar uma acção de sensibilização e informação sobre o Referendo de 11 de Fevereiro

A iniciativa terá lugar no próximo sábado, dia 27, pelas 11h, no "Jardim Velho". Segue-se uma visita à zona urbana de Barcelos e, pelas 14h30, uma visita a várias freguesias do concelho.

23/01/2007

Conferência de imprensa - Solidariedade Internacional pelo SIM

InesBranco — Tue, 23 Jan 2007 04:38:21 -0800

Dia 24 de Janeiro, quarta-feira, pelas 17.30, na Livraria Almedida (Atrium Saldanha, Lisboa), o Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim vai apresentar os vários apoios e solidariedade internacionais para com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez em Portugal, que têm decorrido por vários cantos do mundo.

A conferência de imprensa terá o apoio da coordenação portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres e da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres

"Várias organizações, por toda a Europa e também na América Latina têm manifestado a sua solidariedade com os Movimentos pelo SIM, apelando à despenalização da IVG até às 10 semanas, por opção da mulher, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado, através de concentrações frente à embaixadas de Portugal ou de comunicados enviados aos media dos seus países, alertando para a situação portuguesa."

Na mesa estarão presentes:

Almerinda Bento e Inês Sacchetti (Mandatárias do Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim e membros da Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres)
Liliana Azevedo (representante Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres no Conselho de Administração Lobby Europeu das Mulheres e membro da Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres).
Paula Moura Pinheiro (jornalista)

Fonte: Cidadania e Responsabilidade pelo Sim

Maria de Belém quer “período de aconselhamento obrigatório”

InesBranco — Sun, 21 Jan 2007 05:55:36 -0800

Maria de Belém Roseira, deputada do PS, vai bater-se pela consagração na lei de um “período de aconselhamento obrigatório” às mulheres que queiram abortar, para que possam ponderar a sua decisão e serem informadas das alternativas:
“Bater-me-ei pela introdução de um período de aconselhamento, para a mulher ponderar a decisão, onde seja dada informação sobre as alternativas, o estatuto da adopção”.

Durante a conferência nacional sobre o aborto promovida pelo PSD, que decorre ao longo de todo o dia no Centro Cultural de Belém, Maria de Belém acrescentou que, caso o “Sim” vença quer que a legislação portuguesa acompanhe a alemã.

Na Alemanha o “período de aconselhamento obrigatório” está consagrado na lei, permitindo a interrupção voluntária da gravidez até às 12 semanas, por solicitação da mulher, embora impondo algumas condições. No caso da interrupção voluntária da gravidez ser solicitada pela mulher terá de haver aconselhamento obrigatório, além de um período de ponderação, igualmente obrigatório, que não pode ser inferior a três dias.

Miguel Oliveira da Silva, obstreta do hospital de Santa Maria e defensor do “Sim”, também apoia esta alteração:
“Os médicos não vão fazer abortos apenas porque as mulheres pedem. Eu pelo menos assim não o farei", sublinhando que gostaria "que ficasse consagrado na lei o período de aconselhamento".
A psiquiatra Margarida Neto, defensora do “Não”, considerou, no entanto, ser “pouco” a consagração de um período de aconselhamento.

Fonte: Agência Lusa e Portugal Diário

21/07/2007

Paulo Portas responde ao PGR (notícia 5)

InesBranco — Sun, 21 Jan 2007 05:38:18 -0800

Paulo Portas, a propósito da resposta dada pelo PGR às críticas feitas pelo próprio à participação de Maria José Morgado numa conferência sobre o aborto organizada pelo PS, considerou que a resposta do Procurador-Geral da República permite «duas leituras» do estatuto dos magistrados do Ministério Público e deixou outra questão:
«Se amanhã a Dra. Maria José Morgado tiver de avaliar um processo relacionado com a prática de aborto, vai actuar como magistrada ou como cidadã?», interrogou, defendendo que «a distinção entre política e magistratura devia ser mais nítida».

Questionado ainda sobre a gravidade da participação de Souto Moura, antigo PGR e magistrado do Ministério Público, numa iniciativa promovida pelo “Não” à despenalização do aborto, Paulo Portas distinguiu as duas situações:
«O Dr. Souto Moura estava a assistir na plateia e não foi orador. A Dra. Maria José Morgado foi convidada por um partido político, foi oradora e defendeu a alteração da actual lei», acrescentando que «Para que acreditemos na isenção de um magistrado, ele tem de me dar provas de ser isento».

Fonte: agência Lusa e Portugal Diário

21/01/2007

AE Faculdade de Ciências organiza debate

InesBranco — Sun, 21 Jan 2007 05:26:22 -0800

A Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa está a organizar um debate sobre a IVG e o referendo.

O evento terá lugar no próximo dia 25 de Janeiro, às 17h, no anfiteatro 6.2.56 da Faculdade de Ciências.

O debate tem como convidados o Dr. José Diogo Ferreira Martins da Plataforma Não Obrigada e a Dra. Isabel do Carmo dos Médicos pela Escolha.

Fonte: Plataforma Ciências pelo SIM

21/01/2007

Procurador Geral da República responde a Paulo Portas (notícia 4)

InesBranco — Sun, 21 Jan 2007 05:22:53 -0800

O PGR, a propósito das críticas feitas por Paulo Portas à participação de Maria José Morgado numa conferência sobre o aborto organizada pelo PS, respondeu que a intervenção de Maria José Morgado foi feita na «qualidade de cidadã e de jurista e não na qualidade de magistrada do Ministério Público, tendo, aliás, participado na mesma (conferência) outros especialistas na matéria».

21/01/2007